glossário do empreendedor

Aprenda termos chave de empreendedorismo. Expanda seu vocabulário de negócios e aprimore suas habilidades hoje.

Finanças

Payback é um indicador financeiro que mede o tempo necessário para recuperar o investimento inicial em um projeto ou investimento. Ele é calculado dividindo o investimento inicial pelo fluxo de caixa líquido anual do projeto.

O termo "payback" vem da língua inglesa e significa "retorno". No contexto financeiro, ele é usado para medir o tempo que um investimento leva para se pagar, ou seja, para que os lucros acumulados se igualem ao investimento inicial.

Como calcular o payback

A fórmula para calcular o payback é a seguinte:

Payback = Investimento / Fluxo de Caixa Líquido Anual

Por exemplo, se um investimento inicial de R$ 100.000 gera um fluxo de caixa líquido anual de R$ 20.000, o payback será de 5 anos:

Payback = 100.000 / 20.000 = 5

Vantagens e desvantagens do payback

O payback é uma ferramenta simples e fácil de usar, o que o torna uma opção popular para a avaliação de investimentos. No entanto, ele também apresenta algumas limitações:

Vantagens do payback

  • É simples e fácil de usar.
  • Pode ser usado para comparar diferentes investimentos.
  • É uma ferramenta útil para investidores que buscam retornos rápidos.

Desvantagens do payback

  • Não considera o valor do dinheiro no tempo.
  • Pode ser impreciso para investimentos de longo prazo.
  • Não considera o risco do investimento.

Quando um payback é bom?

Um payback menor é considerado melhor, pois indica que o investimento se pagará mais rapidamente. No entanto, é importante considerar também outros fatores, como o valor do dinheiro no tempo e o risco do investimento.

Payback descontado

O payback descontado é uma variação do payback que leva em consideração o valor do dinheiro no tempo. Para calcular o payback descontado, é necessário utilizar uma taxa de desconto, que representa o custo do capital do investidor.

A fórmula para calcular o payback descontado é a seguinte:

Payback Descontado = Investimento / (Fluxo de Caixa Líquido Anual / (1 + Taxa de Desconto) ^ Ano)

O payback é uma ferramenta útil para a avaliação de investimentos, mas é importante estar ciente de suas limitações. Para uma avaliação mais precisa, é recomendável utilizar outras ferramentas, como a taxa interna de retorno (TIR).

Qual a fórmula do payback no Excel?

A fórmula do payback no Excel é a seguinte:

=NPV(Taxa de Desconto, Fluxo de Caixa) / Investimento

Quando o payback é negativo?

O payback é negativo quando o fluxo de caixa líquido anual é menor do que o investimento inicial. Neste caso, o investimento nunca se pagará.

Qual é a relação entre o payback e o fluxo de caixa?

O payback e o fluxo de caixa estão diretamente relacionados quando se trata de avaliar a viabilidade de um investimento ou projeto. O payback é uma métrica financeira que indica o período de tempo necessário para recuperar o investimento inicial a partir dos fluxos de caixa gerados pelo projeto. Em outras palavras, é o tempo que leva para você "recuperar" o dinheiro investido por meio dos lucros ou receitas gerados.

Leia mais: O que é fluxo de caixa?

Para calcular o payback, é fundamental ter acesso ao fluxo de caixa do projeto. O fluxo de caixa representa todas as entradas e saídas de dinheiro ao longo do tempo, incluindo receitas, despesas, investimentos iniciais e fluxos de caixa líquidos em cada período. Com esses dados em mãos, você pode determinar quando o investimento inicial será recuperado.

A relação entre o payback e o fluxo de caixa é clara: o payback depende diretamente dos valores presentes no fluxo de caixa. Portanto, ter uma planilha de fluxo de caixa bem estruturada e atualizada é essencial para calcular o payback de forma precisa.

Leia mais: Como um sistema de cobrança pode ajudar no fluxo de caixa?

A InfinitePay oferece uma planilha de fluxo de caixa gratuita que pode ser útil para realizar esse cálculo e outras análises financeiras. Você pode acessar a planilha no seguinte link: InfinitePay Planilha de Fluxo de Caixa.

Empreender

O contrato social é um documento essencial para a formalização de uma empresa no Brasil. Ele é o ponto de partida para a constituição de sociedades empresariais, como sociedade limitada, sociedade anônima, e outros tipos de estruturas societárias. Neste artigo, exploraremos o significado do contrato social, sua importância e como ele funciona para estabelecer as bases legais de uma empresa.

O que é contrato social?

O contrato social, também conhecido como "ato constitutivo" ou "contrato de sociedade", é um documento que estabelece as regras e condições para a criação e funcionamento de uma empresa. Ele é a base legal que define como a empresa será gerenciada, quais são os direitos e responsabilidades dos sócios, e como serão distribuídos os lucros e prejuízos.

Tipos de contrato social: guia completo para empreendedores

O contrato social é a certidão de nascimento da sua empresa, definindo regras, direitos e responsabilidades entre os sócios. Escolher o tipo ideal é fundamental para o sucesso do seu negócio.

Sociedade Limitada (LTDA): a mais popular

A LTDA é perfeita para quem busca um modelo clássico com dois ou mais sócios. A responsabilidade é limitada ao capital social, garantindo segurança para todos. A divisão de lucros e perdas é definida no contrato social, proporcionando clareza e organização.

Leia mais: Ltda: O que é e como funciona essa modalidade empresarial

Sociedade Limitada Unipessoal (SLU): ideal para o empreendedor solo

A SLU é a versão unipessoal da LTDA, perfeita para quem deseja iniciar sua jornada solo com a responsabilidade limitada ao capital. O nome fantasia é opcional, oferecendo flexibilidade para o seu negócio.

Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI): segurança para o empreendedor individual

A EIRELI foi criada para atender à demanda de empreendedores individuais que desejam limitar sua responsabilidade ao capital social. O capital mínimo de 100 salários mínimos garante solidez à empresa. A necessidade de um nome fantasia reforça a identidade do negócio.

Empresário Individual (EI): simplicidade para negócios de baixo risco

O EI é ideal para quem busca simplicidade e baixo custo na abertura da empresa. O registro do contrato social é facultativo, reduzindo a burocracia. A responsabilidade ilimitada do sócio exige cautela na gestão do negócio.

Microempreendedor Individual (MEI): benefícios para pequenos negócios

O MEI é um regime especial para empresas de pequeno porte, com faturamento anual de até R$ 81.000,00. O MEI oferece diversos benefícios, como isenção de alguns impostos e simplificação da gestão fiscal. O registro é feito online no Portal do Empreendedor, facilitando o início das atividades.

Leia mais:

Outros tipos de contrato social:

  • Sociedade simples: ideal para empresas que prestam serviços de natureza intelectual, como sociedades de advogados e médicos.
  • Sociedade Anônima: ideal para empresas de grande porte que desejam captar recursos no mercado de capitais.

Importância do contrato social

A criação do contrato social é um passo fundamental para garantir a validação da sua sociedade e o bom funcionamento da sua empresa. Esse documento essencial formaliza a existência do negócio, definindo as normas e condições que o regerão, além de detalhar os direitos e deveres de todos os envolvidos.

As informações contidas no contrato social são cruciais para a organização e legalidade da empresa. Entre elas, podemos destacar:

  • Razão social: a denominação oficial da empresa, que a identifica em seus atos e contratos.
  • Objeto social: a descrição detalhada das atividades que a empresa se propõe a realizar.
  • Capital social: o valor total dos investimentos realizados pelos sócios na empresa.
  • Endereço da sede da empresa: o local físico onde a empresa está estabelecida.

Leia mais: 

Quem emite o contrato social?

O contrato social não é emitido por uma única entidade, mas sim elaborado pelos próprios sócios da empresa, com a assessoria de um profissional especializado, como um advogado ou contador.

Após a elaboração, o contrato social precisa ser registrado em um órgão oficial para ter validade jurídica. O órgão responsável pelo registro varia de acordo com o tipo de empresa:

  • Junta Comercial (Jucepar): para sociedades limitadas (LTDA), sociedades anônimas (SA), sociedades em comandita simples e por ações, e empresas individuais de responsabilidade limitada (EIRELI).
  • Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas: para sociedades simples, como sociedades em nome coletivo e sociedades em comandita simples.

Como elaborar um contrato social completo?

Lembrando que é sempre recomendável buscar a orientação de um advogado especializado na área para garantir que o contrato social atenda às necessidades específicas da sua empresa e esteja em conformidade com a legislação vigente. 

Aqui estão os passos essenciais para elaborar um contrato social completo:

Realizar a qualificação dos sócios

Esta etapa é padrão em todos os contratos, exigindo a discriminação dos sócios da empresa e suas respectivas informações.

Detalhar as atividades e serviços desenvolvidos

O documento deve incluir informações sobre os produtos e serviços, além da definição da atividade que a empresa irá desempenhar. Para isso, é recomendável consultar a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) disponível no site da Receita Federal.

A classificação incorreta pode resultar em burocracias futuras, sujeitando-se a multas e penalidades. Portanto, essa etapa requer total atenção.

Definir o tipo de empresa e o local de operação

Para fins de controle, o governo classifica os tipos de empresas de acordo com sua infraestrutura e atividade principal. Existem mais de 20 tipos, sendo os mais comuns Sociedade Limitada (Ltda), Sociedade Anônima (S.A.), Microempreendedor Individual (MEI), Sociedade Individual e Empresário Individual.

A definição do local da empresa é crucial, pois os governos municipais controlam quais atividades podem ser exercidas em determinadas regiões, além de cobrar impostos.

Leia mais: Tipos de empresas: Descubra qual é o melhor para o seu negócio

Especificar a participação de cada sócio e os administradores

O contrato social deve incluir a divisão das quotas, indicando a participação de cada sócio com base nos investimentos no capital social. Também é necessário identificar quem são os administradores, como um sócio majoritário, todos os sócios ou um funcionário.

Definir o pró-labore

Cada sócio-administrador possui um valor percentual de pró-labore, que pode ser documentado no contrato social. É importante distinguir o pró-labore da distribuição dos lucros aos sócios investidores, o qual não precisa ser documentado, a menos que os sócios desejem reservar uma porcentagem do lucro para um fundo de reserva.

Estabelecer as regras para decisões importantes

As formas de distribuição de resultados, regras para entrada de novos sócios e tomada de empréstimos podem ser documentadas no contrato social, que deve ser assinado pelos sócios.

Baixe gratuitamente nosso modelo de contrato prestação de serviços

Como consultar o contrato social pelo CNPJ?

  1. Acesse o site da Receita Federal:
  • https://www.gov.br/receitafederal/pt-br
  1. Clique em "Serviços" e depois em "Consulta CNPJ":
  • Insira o CNPJ da empresa que deseja consultar.
  1. Clique em "Dados Cadastrais":
  • O contrato social estará disponível para download em formato PDF.

Como validar o contrato social físico de forma digital?

A validação digital do contrato social físico é cada vez mais necessária em um mundo cada vez mais digital. Felizmente, existem diversas ferramentas e métodos para realizar essa validação de forma rápida, segura e confiável.

O Validador de Documentos Digitais do Governo Federal verifica a autenticidade de documentos assinados digitalmente com certificado ICP-Brasil, mas não valida contratos físicos digitalizados.

Outra opção é consultar o site da Junta Comercial do seu estado para verificar a situação cadastral da empresa e a autenticidade do contrato social. A disponibilidade do contrato online varia de acordo com o estado e pode haver custos para consulta.

Contrato Social para MEI:

Para os Microempreendedores Individuais (MEI), o processo é um pouco diferente. Eles não precisam elaborar um contrato social formal, mas devem fazer o registro no Portal do Empreendedor, onde recebem um Certificado de Condição de Microempreendedor Individual (CCMEI), que equivale ao contrato social simplificado.

O contrato social é um elemento fundamental para a formalização e o bom funcionamento de uma empresa. Ele estabelece as regras do jogo, define direitos e deveres dos sócios e garante a segurança jurídica do negócio. Portanto, antes de iniciar uma sociedade empresarial, é essencial compreender o que é o contrato social e contar com a ajuda de profissionais qualificados para elaborá-lo corretamente, de acordo com a legislação vigente. Dessa forma, você estará no caminho certo para o sucesso empresarial.

Finanças

O Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (PGDAS-D) é uma ferramenta online utilizada por empresas optantes pelo Simples Nacional para calcular os impostos a serem pagos, declarar esses valores à Receita Federal e gerar o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS).

O envio do PGDAS-D é obrigatório, inclusive para MEIs, e sua ausência ou preenchimento incorreto pode resultar em multas e outras penalidades.

Confira, neste artigo, como funciona o PGDAS-D, como gerá-lo, quais tributos ele abrange e muito mais.

PGDAS: o que é?

O PGDAS-D (Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional) é uma plataforma online disponibilizada pela Receita Federal, usada para calcular e declarar os tributos devidos pelas empresas optantes do regime Simples Nacional. 

Além de calcular os impostos, o PGDAS também gera o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), que deve ser pago mensalmente.

Confira guia completo da tabela do Simples Nacional com cálculos.

Para que serve o PGDAS-D?

O PGDAS-D tem como principal finalidade facilitar a apuração e o recolhimento dos tributos para empresas que fazem parte do Simples Nacional. 

Ele é essencial para:

  • Calcular os tributos devidos mensalmente
  • Declarar o faturamento à Receita Federal
  • Gerar o DAS para pagamento dos impostos
  • Consultar declarações anteriores
  • Realizar retificações quando necessário

Todas as empresas optantes pelo Simples Nacional, incluindo Microempreendedores Individuais (MEIs), estão obrigadas a utilizar o PGDAS-D para apurar e pagar seus tributos.

A declaração através do PGDAS é obrigatória e deve ser realizada mensalmente, mesmo quando a empresa não teve faturamento no período.

Leia mais: MEI: vantagens, limitações e obrigações

Como acessar o PGDAS para emitir DAS?

Para acessar o PGDAS e emitir o DAS, você precisa de um computador com acesso à internet e um dos seguintes itens:

  • Código de acesso
  • Certificado digital

Para obter o código de acesso, você precisa ter um cadastro no Portal e-CAC, e para obter um certificado digital, você precisa contratar uma Autoridade Certificadora, como Certisign ou Valid.

Com o certificado digital em mãos, você pode acessar o serviço no site do Simples Nacional

Depois de acessar o site, basta selecionar a opção “PGDAS-D” e informar os seguintes dados:

  • Número do CNPJ ou CPF da empresa
  • Data de início da apuração
  • Data de fim da apuração
  • Receita bruta
  • Opção pelo regime de reconhecimento da receita bruta (caixa ou competência)

Após informar os dados, o programa calculará os valores dos tributos e contribuições a serem pagos, então você poderá visualizar os valores calculados e imprimir o documento de arrecadação (DAS), que deve ser enviado até o dia 20 do mês seguinte ao de apuração.

Como calcular o valor do DAS?

O valor do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional) é calculado com base na receita bruta da empresa e as alíquotas aplicáveis, determinadas pela tabela do Simples Nacional. 

Esse cálculo deve ser realizado no PGDAS-D:

  1. Primeiro, é necessário saber o total da receita bruta acumulada nos últimos 12 meses. Com base nesse valor, a empresa será classificada em uma das faixas de faturamento previstas na legislação do Simples Nacional.
  2. As alíquotas do Simples Nacional são progressivas e variam conforme a faixa de faturamento e o segmento de atividade. Cada faixa tem uma alíquota inicial, que pode ser aumentada dependendo do tipo de serviço ou produto oferecido pela empresa.
  3. O cálculo é feito aplicando a alíquota correspondente à receita bruta mensal da empresa. O valor resultante é o montante devido em tributos, que será recolhido por meio do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).

Exemplo de cálculo

Vamos supor que uma empresa de serviços tenha uma receita bruta acumulada nos últimos 12 meses que a enquadre na segunda faixa de faturamento, com uma alíquota total de 11,2% (considerando, hipoteticamente, todos os impostos incluídos no Simples Nacional para essa faixa).

  • Receita Bruta Mensal: R$ 30.000
  • Alíquota Aplicável: 11,2%
  • Cálculo: R$ 30.000 x 11,2% = R$ 3.360

Nesse caso, o valor do DAS a ser pago seria de R$ 3.360.

Leia também: 

Como consultar o extrato no PGDAS?

Consultar o extrato no PGDAS-D permite verificar os pagamentos realizados, os valores devidos e possíveis pendências fiscais. 

Veja como realizar essa consulta:

  1. Acesse o Portal do Simples Nacional
    Entre no site oficial do Simples Nacional usando um código de acesso ou certificado digital.
  1. Selecione a Opção "Consulta Declarações e Pagamentos"
    No menu principal, clique na opção "Consulta Declarações e Pagamentos" para acessar as informações da empresa.
  1. Escolha o Período de Apuração
    Informe o período desejado para consultar os dados referentes àquele intervalo de tempo.
  1. Visualize o Extrato
    O sistema exibirá os valores pagos, pendentes e os documentos emitidos. Caso haja alguma pendência, você pode emitir um DAS atualizado.
  1. Baixe ou Imprima o Extrato
    Para fins de registro, é possível salvar ou imprimir o extrato gerado pelo sistema.

O que acontece se não pagar o DAS?

Não pagar o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) pode acarretar uma série de consequências negativas para a empresa optante pelo Simples Nacional. 

As implicações variam desde penalidades financeiras até questões mais sérias relacionadas ao status fiscal da empresa. A omissão pode gerar as seguintes penalidades:

  • Multa de 2% ao mês, com limite de 20%, sobre o valor do imposto devido.
  • Multa de R$ 50,00 por documento não entregue.
  • Suspensão da inscrição da empresa no Simples Nacional.

Saiba como pagar DAS MEI atrasado.

Como calcular a multa da DAS?

A multa da omissão de DAS é calculada da seguinte forma:

Multa = Valor do imposto devido * 2% * Número de meses de atraso

Por exemplo, se o valor do imposto devido é R$ 1.000,00 e a empresa não enviou o DAS por 3 meses, a multa será de:

Multa = 1.000 * 2% * 3 = R$ 60,00

É possível parcelar a multa?

Sim, é possível parcelar multas e débitos do PGDAS-D, incluindo os valores principais e multas por atraso na entrega da declaração.

O parcelamento é realizado através do Portal do Simples Nacional ou, em alguns casos, por meio do Portal e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte) da Receita Federal. 

Como regularizar o DAS no PGDAS?

Regularizar o PGDAS-D e os débitos relacionados ao Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) requer seguir alguns passos importantes. 

Se você ou sua empresa estão em atraso com o pagamento ou necessitam corrigir informações enviadas via PGDAS-D, aqui está um guia passo a passo sobre como proceder:

1. Acesso ao sistema do Simples Nacional

Acesse o sistema do Simples Nacional no site da Receita Federal. Você precisará de um código de acesso ou um certificado digital para entrar no sistema.

2. Verificação de débitos

Na área restrita, verifique os débitos pendentes. O sistema permite visualizar todos os valores devidos, incluindo multas e juros por atraso.

3. Geração de DAS para pagamento

Para débitos ainda não vencidos, gere o DAS diretamente pelo PGDAS-D. Para débitos vencidos, utilize a opção de DAS Avulso ou acesse o aplicativo "DAS para MEI" (no caso de microempreendedores individuais), disponível no portal do Simples Nacional.

O sistema calcula automaticamente os juros e as multas devidas pelo atraso no pagamento.

4. Pagamento do DAS

O DAS pode ser pago em qualquer agência bancária ou casas lotéricas até a data de vencimento. Para pagamentos após o vencimento, verifique se o banco aceita o pagamento em atraso ou se é necessário atualizar o DAS para gerar uma nova data de vencimento.

5. Regularização de informações no PGDAS-D

Caso haja necessidade de corrigir informações enviadas incorretamente via PGDAS-D, acesse o sistema e faça as retificações necessárias. Observe que a retificação pode resultar em alterações no valor do DAS.

A retificação de declarações pode ser feita em qualquer tempo, mas pode sujeitar a empresa a multas se resultar em aumento do imposto devido.

6. Parcelamento de débitos

Se não for possível o pagamento à vista, verifique a possibilidade de parcelamento dos débitos. A Receita Federal periodicamente oferece programas de parcelamento para débitos do Simples Nacional.

Em caso de declarações incorretas, é possível realizar retificações a qualquer momento, porém podem incidir multas se houver aumento no valor devido.

PGDAS o que é

Leia mais:Capital social MEI: o que é, para que serve e como definir

Finanças

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é um termo muito falado quando o assunto é economia e finanças. Se você chegou até aqui, provavelmente está se perguntando: "O que é IPCA?" ou "Como calcular o IPCA acumulado?". Neste artigo, vamos responder a essas perguntas e explicar tudo o que você precisa saber sobre o IPCA.

O que é IPCA?

O IPCA é um dos principais indicadores econômicos do Brasil. Ele mede a variação dos preços dos produtos e serviços que fazem parte do consumo das famílias brasileiras. Esse índice é calculado mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e é utilizado para medir a inflação no país.

Em outras palavras, o IPCA mostra quanto o custo de vida do brasileiro está aumentando ao longo do tempo. Quando o IPCA sobe, significa que os preços estão subindo, e a moeda está perdendo poder de compra. Por outro lado, quando o IPCA cai, a inflação está sob controle, e o poder de compra da moeda aumenta.

Como calcular o IPCA acumulado?

Uma das perguntas mais frequentes sobre o IPCA é como calcular o IPCA acumulado. O IPCA acumulado é a soma das variações mensais do índice ao longo de um determinado período. Esse cálculo é importante para quem deseja entender como a inflação afetou os preços em um período específico.

Para calcular o IPCA acumulado, siga os seguintes passos:

  • Obtenha os valores mensais do IPCA: Você pode encontrar os valores mensais do IPCA divulgados pelo IBGE em seu site oficial ou em fontes confiáveis de informações econômicas.
  • Escolha o período desejado: Determine o período de tempo que você deseja calcular o IPCA acumulado. Pode ser um mês, um trimestre, um semestre, ou até mesmo um ano.
  • Some as variações mensais: Some as variações mensais do IPCA ao longo do período escolhido. Por exemplo, se você deseja calcular o IPCA acumulado em um ano, some as taxas de inflação de cada mês durante esse ano.

Aplicação da fórmula: Para calcular o IPCA acumulado, utilize a seguinte fórmula:

Para calcular o IPCA acumulado, utilize a seguinte fórmula:

IPC AC=(1+IPC A1)∗(1+IPC A2)∗...∗(1+IPC An)−1

IPCAC=(1+IPCA1)∗(1+IPCA2)∗...∗(1+IPCAn)−1

Onde IPCAC é o IPCA acumulado, e IPCA1, IPCA2, ... IPCAn são as taxas de inflação mensais do período.

Onde IPCAC é o IPCA acumulado, e IPCA1, IPCA2, ... IPCAn são as taxas de inflação mensais do período.

Converta o resultado em porcentagem: O resultado obtido na fórmula acima será em formato decimal. Para expressar o IPCA acumulado em porcentagem, multiplique-o por 100.

Com esses passos, você poderá calcular o IPCA acumulado para o período desejado e ter uma ideia de como a inflação afetou os preços durante esse tempo.

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O que é CDI?
CDI ou Poupança: Onde investir?
Como funciona uma conta com rendimento diário

O cálculo do IPCA leva em consideração os seguintes fatores

População-alvo

O IPCA é calculado para famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos, residentes em áreas urbanas.

Cesta de consumo

O IPCA é calculado com base em uma cesta de consumo composta por 600 itens, distribuídos em nove grupos:

Alimentação e bebidas;

Habitação;

Artigos de residência;

Vestuário;

Transportes;

Saúde e cuidados pessoais;

Despesas pessoais;

Educação;

Comunicação.

Método de cálculo 

O IPCA é calculado a partir da média ponderada das variações de preços dos itens da cesta de consumo.

Para calcular o IPCA, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) coleta mensalmente informações de preços de produtos e serviços em estabelecimentos comerciais de todo o Brasil. Essas informações são usadas para calcular a variação de preços de cada item da cesta de consumo.

Após calcular a variação de preços de cada item, o IBGE aplica pesos a esses valores, de acordo com a importância relativa de cada item na cesta de consumo. Os pesos são calculados a partir de dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).

A média ponderada das variações de preços dos itens da cesta de consumo é o IPCA. O IPCA é divulgado mensalmente pelo IBGE.

É importante acompanhar o IPCA acumulado por vários motivos, incluindo:

Para entender a variação do poder de compra

O IPCA acumulado mede a variação do custo de vida médio das famílias brasileiras em um determinado período. Um IPCA acumulado alto significa que o poder de compra das famílias está diminuindo, pois elas precisam gastar mais para comprar os mesmos produtos e serviços.

Para tomar decisões financeiras

O IPCA acumulado é um importante indicador para tomar decisões financeiras, como investimentos e reajustes salariais. Por exemplo, um IPCA acumulado alto pode indicar que é um bom momento para investir em ativos que acompanham a inflação, como o Tesouro IPCA+.

Para acompanhar a política monetária

O Banco Central do Brasil (BC) usa o IPCA como um dos principais indicadores para definir a política monetária. Um IPCA acumulado alto pode levar o BC a aumentar a taxa de juros, o que pode reduzir a inflação.

A seguir, alguns exemplos de como o IPCA acumulado pode afetar a vida das pessoas:

  • Um funcionário que recebe um salário reajustado pelo IPCA acumulado terá uma perda de poder de compra se a inflação for superior ao reajuste.
  • Uma pessoa que investe em um título de renda fixa com rendimento abaixo do IPCA acumulado terá uma perda de poder de compra ao longo do tempo.
  • Uma empresa que não reajustar seus preços de acordo com o IPCA acumulado pode perder competitividade.

Portanto, é importante acompanhar o IPCA acumulado para entender como ele está afetando sua vida e tomar decisões financeiras mais acertadas.

O IPCA é um indicador fundamental para entender a economia do Brasil e como a inflação afeta o nosso dia a dia. Saber o que é IPCA e como calcular o IPCA acumulado pode ser útil para tomar decisões financeiras mais informadas e acompanhar o cenário econômico do país.

Finanças

O Certificado de Depósito Interbancário (CDI) é uma taxa de juros que representa o custo do dinheiro no mercado brasileiro. Apesar de ser um indicador essencial para quem investe em renda fixa, muitas pessoas ainda não compreendem completamente o que ele significa e como ele impacta seus investimentos.

O CDI desempenha um papel essencial ao determinar o rendimento anual de diversos investimentos. Em maio de 2024, a taxa CDI está fixada em 10,50% ao ano.

O que é o CDI e como funciona?

O Certificado de Depósito Interbancário (CDI) é uma peça essencial no cenário financeiro, representando a média das taxas de juros praticadas diariamente nas operações entre bancos. Essas operações consistem em empréstimos e captações de curto prazo, visando equilibrar os saldos e atender às demandas de liquidez das instituições financeiras.

As transações interbancárias, em sua maioria, são de curto prazo, destinadas a cobrir déficits temporários ou a investir excedentes de caixa. O CDI desempenha o papel de referência para essas transações, estabelecendo uma taxa média que serve como base para calcular o custo do dinheiro no mercado interbancário.

A taxa CDI é calculada a partir da média ponderada das operações entre os bancos, refletindo o custo médio do dinheiro no mercado. Essa taxa é frequentemente utilizada como referência em investimentos pós-fixados, cujos rendimentos variam conforme a variação do CDI ao longo do tempo.

A conexão direta entre o CDI e a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, é notável. Alterações na Selic impactam diretamente as operações interbancárias e, consequentemente, a taxa CDI.

Além de sua função financeira, o CDI proporciona padronização e transparência no mercado, facilitando a comparação e precificação de produtos financeiros. Além disso, serve como um indicador de confiança entre as instituições financeiras, refletindo as condições de liquidez e a saúde do mercado interbancário.

Você pode se interessar: 

Como o CDI afeta os investimentos?

A taxa CDI influencia diretamente o rendimento de vários produtos financeiros, como:

Certificados de Depósito Bancário (CDBs)

O Certificado de Depósito Bancário, conhecido como CDB, é uma modalidade de investimento em renda fixa oferecida por instituições financeiras. Funciona como um empréstimo que o investidor faz ao banco, e em troca, recebe juros ao longo do período acordado. 

O CDB apresenta duas formas de remuneração: pré-fixada, na qual a taxa de juros é definida no momento da aplicação, proporcionando previsibilidade de ganhos, e pós-fixada, atrelada a algum indicador, sendo o CDI uma das opções mais comuns.

Letras de Crédito Imobiliário (LCIs)

LCIs são investimentos de renda fixa emitidos por instituições financeiras. Estas letras representam uma forma de captação de recursos destinados ao setor imobiliário, sendo uma opção atrativa tanto para investidores quanto para o mercado imobiliário como um todo. Ao adquirir uma LCI, o investidor está, na prática, emprestando dinheiro ao banco em troca de uma remuneração baseada em juros preestabelecidos.

Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) 

A Letra de Crédito do Agronegócio, conhecida como LCA, é uma modalidade de investimento em renda fixa emitida por instituições financeiras. Similar à LCI (Letra de Crédito Imobiliário), a LCA destaca-se por ser lastreada em operações do setor do agronegócio brasileiro. Ao investir em uma LCA, o indivíduo está, essencialmente, fornecendo recursos ao banco para que este os destine ao financiamento de atividades ligadas ao agronegócio, como agricultura, pecuária e agroindústria.

Debêntures

As debêntures representam uma forma de captação de recursos para empresas por meio do mercado de capitais. Emitidas por sociedades anônimas, as debêntures são títulos de dívida que conferem ao detentor o direito de receber de volta o valor investido, acrescido de juros previamente estabelecidos. Ao adquirir debêntures, o investidor está, efetivamente, emprestando dinheiro para a empresa emissora, que se compromete a realizar o pagamento do principal e dos juros no prazo determinado.

Fundos DI

Os Fundos DI, ou Fundos de Renda Fixa Referenciados DI, são uma categoria de fundos de investimento disponíveis no mercado financeiro brasileiro. Estes fundos têm como objetivo principal seguir a variação do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que representa a média das taxas de juros praticadas nas operações entre os bancos. Por se enquadrarem na categoria de renda fixa, os Fundos DI são conhecidos por apresentar menor volatilidade em comparação a outros tipos de fundos de investimento.

Ao investir em um desses produtos, você estará, de certa forma, emprestando seu dinheiro para uma instituição financeira ou empresa, que pagará juros sobre o valor aplicado. A taxa de juros que você receberá será definida com base no CDI, podendo ser pré fixada, pós-fixada ou híbrida.

Prefixado:

  • A taxa de juros é definida no momento da aplicação e não muda durante todo o período do investimento.
  • Ideal para quem busca previsibilidade e segurança.

Pós-fixado:

  • A taxa de juros varia de acordo com a taxa CDI durante o período do investimento.
  • Ideal para quem busca acompanhar a oscilação do mercado e aproveitar momentos de alta do CDI.

Híbrido:

  • Combina características dos prefixados e pós-fixados.
  • Uma parte da taxa de juros é definida no momento da aplicação e a outra varia de acordo com o CDI.
  • Oferece um equilíbrio entre previsibilidade e potencial de retorno.

Qual é o risco de investir no CDI?

O CDI é um investimento de baixo risco. Isso porque ele é garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que cobre até R$250.000,00 por CPF em caso de falência do banco emissor.

Como é composta a taxa do CDI?

A taxa CDI é composta por duas taxas principais: Taxa DI e Taxa de custódia. Veja o que significa cada uma delas:

Taxa DI

A Taxa DI, ou Taxa do Certificado de Depósito Interbancário, é uma taxa que reflete a média das taxas de juros praticadas nas operações diárias entre os bancos no mercado interbancário. Ela serve como referência para diversos produtos financeiros, principalmente na categoria de renda fixa.

A taxa DI é calculada diariamente pela CETIP com base na média ponderada das taxas de juros dos empréstimos interbancários de um dia útil. Para ser considerada no cálculo, a operação precisa atender aos seguintes critérios:

  • Realizada entre bancos de diferentes conglomerados financeiros.
  • Ter um montante mínimo de R$ 10 milhões.
  • Ter um prazo de vencimento de 1 dia útil.

Taxa de custódia

A Taxa de Custódia é uma taxa cobrada pelas instituições financeiras para custodiar e manter em guarda os ativos financeiros de um investidor. Essa taxa é comumente associada à custódia de títulos e valores mobiliários, como ações, títulos públicos, debêntures, entre outros, que estão registrados em nome do investidor, mas fisicamente sob a guarda da instituição custodiante.

Cálculo da taxa CDI

A taxa CDI é a soma da taxa DI com a taxa de custódia da CETIP. A taxa de custódia é atualmente de 0,00015% ao dia.

Exemplo: Se a taxa DI for de 1% ao dia, a taxa CDI será de 1,00015% ao dia.

Fatores que influenciam a taxa CDI

  • Taxa Selic: A taxa Selic é a principal referência para a taxa DI. Quando a Selic sobe, a taxa DI tende a subir também.
  • Liquidez do mercado: Quando há mais dinheiro disponível no mercado, a taxa DI tende a cair.
  • Risco de crédito: O risco de crédito das instituições bancárias também pode influenciar a taxa DI.

Onde encontrar a taxa CDI?

A taxa CDI é publicada diariamente pela CETIP em seu site oficial. Você também pode encontrar a taxa CDI em sites de bancos, corretoras e portais de notícias financeiras.

Mas afinal, quanto rende o CDI?

O rendimento do CDI varia diariamente, mas geralmente acompanha a taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira. 

Em 2023, a taxa Selic oscilou entre 13,25% e 13,75% ao ano, o que resultou em um CDI médio anual de 13,50%.

Exemplo: Se você aplicou R$1000, ao final do ano num cálculo de 12 meses, você terá acumulado R$1.117,93, com os impostos descontados, considerando a taxa de 100% do CDI. Esse rendimento é calculado diariamente, refletindo a variação da taxa CDI ao longo do período de investwimento.

O que quer dizer 100% do CDI?

100% do CDI significa que o investimento rende o mesmo que a taxa de CDI. Por exemplo, se a taxa de CDI for de 10% ao ano, um investimento que rende 100% do CDI também renderá 10% ao ano.

Quanto rende o CDI por mês?

Para calcular o rendimento mensal do CDI, basta dividir a taxa anual por 12. Em 2023, o CDI médio mensal foi de 1,125%, por exemplo.

Qual é a diferença entre CDB e CDI?

O CDB, ou Certificado de Depósito Bancário, é um título de renda fixa emitido por bancos. Quando você investe em um CDB, está emprestando dinheiro para um banco por um determinado período de tempo. Em troca, o banco paga juros sobre o valor emprestado.

Os CDBs podem ter diferentes tipos de rentabilidade, como:

  • Prefixada: a taxa de juros é definida no momento da aplicação e permanece fixa até o vencimento do título.
  • Pós-fixada: a taxa de juros é definida a partir de um indicador de referência, como o CDI ou a taxa Selic.
  • Indexada: a taxa de juros é definida a partir de um índice de preços, como o IPCA ou o IGP-M.

A diferença entre os dois é que o CDB é oferecido diretamente aos investidores, enquanto o CDI é negociado apenas entre bancos.

Reforçando: a diferença entre CDB e CDI é que o CDB é um investimento que pode ter diferentes tipos de rentabilidade, enquanto o CDI é uma taxa de juros que serve como referência para a rentabilidade de diversos investimentos.

Leia mais: CDI ou Poupança: Onde investir?

O CDI é um importante indicador do mercado financeiro brasileiro. Ele é utilizado como referência para a rentabilidade de diversos investimentos e é uma importante fonte de recursos para os bancos.

Seu negócio

No Brasil, existem diversos tipos de empresas que podem ser criados, cada uma com suas características e especificidades. Entre as mais conhecidas e comuns, temos o MEI (Microempreendedor Individual), Ltda. (Sociedade Limitada), S/A (Sociedade Anônima), ME (Microempresa), Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada) e as empresas de capital aberto, cada uma com suas particularidades (que iremos abordar neste artigo). Compreender as diferenças entre essas siglas e o que elas representam é fundamental para quem está pensando em abrir um negócio. Vamos explorar o significado de Ltda, seus benefícios, limitações e como ela se compara com outros tipos de empresas no Brasil.

Confira qual o melhor tipo de empresa para o seu negócio.

Qual é o significado de Ltda.?

A sigla "Ltda." significa "Limitada" e se refere a um tipo de estrutura empresarial chamada Sociedade Limitada, ou de natureza jurídica Sociedade Empresária Limitada. Este modelo é amplamente utilizado no Brasil e é conhecido por limitar a responsabilidade dos sócios ao valor das suas quotas no capital social da empresa. 

Em outras palavras, os bens pessoais dos sócios não são utilizados para cobrir as dívidas da empresa, o que oferece uma camada adicional de proteção patrimonial. Isso significa que, em caso de falência ou fechamento da empresa, os sócios não respondem com seus bens pessoais pelas dívidas da empresa.

Sociedades Limitadas são regidas pelo Código Civil Brasileiro, que estabelece normas específicas para sua constituição, funcionamento e dissolução. Este tipo de empresa é escolhido por muitos empreendedores devido à sua flexibilidade e segurança jurídica aos sócios.

O que é uma empresa Ltda.?

Uma empresa Ltda. é constituída por um ou mais sócios, que podem ser pessoas físicas ou jurídicas. Cada sócio contribui com uma parte do capital social, representada por quotas, que determinam a sua participação nos lucros e nas decisões da empresa. 

As principais características de uma empresa Ltda. incluem:

Responsabilidade Limitada 

Como mencionado anteriormente, a responsabilidade dos sócios é limitada ao valor das suas quotas.

Capital Social 

É dividido em quotas, que são distribuídas entre os sócios conforme suas contribuições.

Administração 

Pode ser realizada por um ou mais sócios, ou por administradores não sócios, conforme estabelecido no contrato social.

Contrato Social

Documento que rege o funcionamento da empresa, estipulando direitos e deveres dos sócios, capital social, atividades da empresa, entre outros aspectos.

A empresa Ltda. oferece um equilíbrio entre simplicidade operacional e proteção legal, o que a torna uma escolha popular para pequenas e médias empresas.

O que pode e o que não pode em uma empresa Ltda.?

Em uma empresa Ltda., existem várias atividades e operações que são permitidas e outras que são restritas. Vamos detalhar algumas dessas abaixo.

O que pode em uma empresa Ltda.

  • Realizar atividades comerciais, industriais e de prestação de serviços
    Desde que estejam previstas no contrato social.
  • Dividir lucros
    De acordo com a proporção das quotas de cada sócio.
  • Contratar empregados
    E cumprir com todas as obrigações trabalhistas e previdenciárias.
  • Participar de licitações públicas
    Observando os requisitos específicos de cada edital.

O que não pode em uma empresa Ltda.

  • Emitir ações
    Diferente de uma S/A, a Ltda. não pode emitir ações negociáveis no mercado.
  • Desconsiderar o contrato social
    As atividades devem ser compatíveis com as descritas no contrato social.
  • Transferir quotas livremente
    A transferência de quotas requer aprovação dos demais sócios, conforme estipulado no contrato social.

Qual é a grafia correta: LTDA. ou Ltda.?

A grafia correta é "Ltda." com a letra inicial maiúscula e ponto final. Esta forma é padronizada pela legislação brasileira e deve ser utilizada em documentos oficiais e registros empresariais. A utilização correta da sigla garante a conformidade legal e a clareza na comunicação empresarial.

Como funciona uma empresa Ltda.?

Uma empresa Ltda. funciona da seguinte forma:

  • Os sócios contribuem com capital para a formação do capital social da empresa. O capital social é o valor mínimo que a empresa deve ter para ser constituída.
  • A responsabilidade dos sócios é limitada ao valor de suas quotas no capital social da empresa. Isso significa que, em caso de falência ou fechamento da empresa, os sócios só responderão pelas dívidas da empresa com o valor que investiram no capital social.
  • A administração da empresa é feita pelos sócios, de acordo com o que está definido no contrato social. O contrato social é o documento que define as regras da sociedade, como o capital social, a participação de cada sócio, a administração da empresa e a divisão dos lucros.

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Quem pode abrir uma Ltda.?

Para abrir uma Ltda., é preciso ter pelo menos dois sócios, que podem ser pessoas físicas ou jurídicas. No entanto, é importante ressaltar que, desde 2019, também é possível abrir uma Sociedade Limitada Unipessoal (SLU), que é uma espécie de Ltda. com apenas um sócio.

Como abrir uma Ltda.?

Para abrir uma Ltda., é necessário seguir os seguintes passos:

  1. Elaborar o contrato social.
  2. Registrar o contrato social na junta comercial do estado onde a empresa será localizada.
  3. Inscrever a empresa na Receita Federal, na Secretaria da Fazenda do estado e na prefeitura da cidade onde a empresa será localizada.

Vantagens da Ltda.

Além da limitação da responsabilidade dos sócios, as Ltdas também oferecem outras vantagens, como:

  • Possibilidade de captar recursos de terceiros, por meio de empréstimos ou financiamentos.
  • Maior facilidade para realizar negócios com outras empresas.
  • Maior credibilidade perante os clientes e fornecedores.

Desvantagens da Ltda.

As principais desvantagens das Ltdas são:

  • Maior burocracia para abertura e registro da empresa.
  • Maiores custos de manutenção da empresa.
  • Maior complexidade na administração da empresa.

Qual a diferença entre MEI e Ltda.?

A principal diferença entre MEI e Ltda. é que o MEI é um tipo de empresa individual, enquanto a Ltda. é um tipo de sociedade empresária.

Leia mais: MEI: vantagens, limitações e obrigações

Outros tipos de empresa

Existem várias outras formas de estrutura empresarial no Brasil. Vamos detalhar cada uma e suas principais diferenças em relação à Ltda.

MEI (Microempreendedor Individual)

  • Faturamento: Ideal para pequenos empreendedores que faturam até R$81.000,00 por ano.
  • Responsabilidade: Responsabilidade ilimitada, ou seja, o empreendedor responde com seus bens pessoais pelas dívidas do negócio.
  • Formalização: Simplificação na formalização e menor carga tributária, com pagamento de uma taxa fixa mensal que engloba tributos federais, estaduais e municipais.
  • Benefícios: Acesso a benefícios previdenciários, como aposentadoria por idade, salário-maternidade, auxílio-doença, entre outros.

S/A (Sociedade Anônima)

  • Faturamento: Pode ser de capital aberto ou fechado.
  • Responsabilidade: Responsabilidade limitada ao preço de emissão das ações, ou seja, os acionistas não respondem com seus bens pessoais pelas dívidas da empresa.
  • Gestão: Maior complexidade na gestão e regulamentação, com a necessidade de um conselho de administração e auditorias frequentes.
  • Capital: Dividido em ações que podem ser negociadas no mercado de capitais (para S/As de capital aberto), permitindo a captação de recursos de um grande número de investidores.

ME (Microempresa)

  • Faturamento: Empresas com faturamento anual de até R$360.000,00.
  • Estrutura: Pode ser uma Ltda. ou outro tipo de sociedade, beneficiando-se de regimes tributários simplificados como o Simples Nacional.
  • Responsabilidade: Pode ter responsabilidade limitada ou ilimitada, dependendo do tipo de sociedade escolhida.
  • Vantagens: Simplificação na apuração e pagamento de tributos, além de menores obrigações acessórias.

Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada)

  • Faturamento: Não há limite específico de faturamento.
  • Responsabilidade: Constituída por um único sócio, com responsabilidade limitada ao capital social.
  • Capital Social: Exige um capital social mínimo de 100 vezes o salário mínimo vigente.
  • Simplicidade: Combina a simplicidade de uma empresa individual com a proteção do patrimônio pessoal do empresário, sem a necessidade de sócios

Empresas de Capital Aberto

  • Faturamento: Empresas que negociam suas ações na bolsa de valores.
  • Responsabilidade: Os acionistas têm responsabilidade limitada ao preço de emissão das ações.
  • Transparência: Obrigadas a divulgar informações financeiras ao público regularmente, garantindo transparência e confiança dos investidores.
  • Regulamentação: Sujeitas a maior regulamentação e supervisão por órgãos como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Saiba a diferença entre MEI, ME e outros tipos de empresa

Melhor conta empresarial para uma empresa sociedade limitada

Para empresas do tipo Ltda., uma das melhores opções de conta empresarial é a conta PJ da InfinitePay. Isso porque, diferente de contas de Pessoa Física (veja a diferença entre conta corrente ou poupança), esta conta oferece diversos benefícios personalizados para empreendedores, que facilitam a gestão financeira do seu negócio, tais como:

  • Gestão simplificada
    Ferramentas integradas para controle financeiro e emissão de boletos.
  • Cartão empresarial
    Para facilitar pagamentos e despesas do dia a dia.
  • Atendimento especializado
    Suporte dedicado com selo RA1000, reconhecido pelo Reclame Aqui.
  • Todas as formas de pagamento
    Venda por maquininha, Tap, Link de pagamento, boleto ou Pix.
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