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Antonio Luvs é artista visual, ilustrador e professor brasiliense. Formado em artes visuais pela Universidade de Brasília, hoje atua como ilustrador freelancer e professor de arte na Secretaria de Educação do Distrito Federal. Seu trabalho abriga diversas dimensões da cultura LGBTQ+, da música, da moda, da simbologia religiosa e da publicidade. Confira a entrevista:
Desde minha infância fui ligado à linguagem do desenho. Acredito que por me entender como uma pessoa queer num ambiente religioso e conservador, o desenho sempre agiu como forma de auto expressão criativa, quase como um processo de expurgação. Cursei artes visuais e meu desenho tomou uma forma mais homoerótica, realista e ligado às poéticas contemporâneas. Comecei a ilustrar quando este percurso da arte contemporânea me pareceu aprisionador dentro de um tema, e consideravelmente pretensioso em si mesmo. A ilustração me pareceu mais atrativa, acessível e envolvente. Mas acredito que todo esse processo de estudar história da arte, e de viver a arte contemporânea, delimitou formas mais concisas no meu trabalho. E minhas referências dentro da arte, em suas diversas linguagens e manifestações, sempre interferiram no meu processo criativo.
Eu amo muito as possibilidades das técnicas digitais, quando comecei com elas foi por um processo de acomodação, pois não tinha muito espaço para utilizar uma gama maior de materiais. Depois de um tempo entendi a técnica da ilustração digital como linguagem autônoma, capaz de produzir efeitos que sempre gostei de incorporar nas minhas criações; Cores sólidas e vívidas, linhas precisas e pixeladas, efeitos que só são possíveis dentro de uma tela digital. Além de que desenho no tablet como se fosse um papel, a diferença é que ao invés da folha, o espaço em branco é virtual, isso me causa um senso de infinidade que só a virtualidade pode conceber.
Acredito que meu projeto mais desafiador foi uma animação que fiz recentemente com o humorista Daniel Furlan e a produtora Vista Linda Filmes. Foi meu primeiro projeto animando e ilustrando, tentando representar, com loops de animação, cenas roteirizadas pelo próprio Daniel. Foi um trabalho árduo 2 de meses, mas um resultado que me deixou apaixonado e orgulhoso.
Acredito que os percursos que a humanidade caminha para a criatividade são nebulosos, mas muito mágicos. Pensar em espaços até então impensáveis, como o espaço virtual, e a exploração de novas dimensões dentro deste espaço(e também fora do espaço terrestre) é bastante emocionante para o campo da criação. O próprio desenvolvimento da arte como objetos virtuais, desde mapas e cenários, pinturas em realidade aumentada até mesmo os gifs, como exemplo, são formas de criação extremamente novas e que delineiam caminhos muito vastos para a arte e para a expressão humana.
Anna Martinez é uma artista 3D brasileira. Seu foco é dar vida a seres alienígenas e criaturas fantásticas que habitam outros mundos, outros universos. Iniciou seus estudos na arte 3D de forma autodidata no ano de 2020, e desde então, utiliza essa forma de arte para dar voz à sua imaginação e paixão pelo universo sci-fi e surreal. Além disso, Anna Martinez é graduada em Design de Moda pela UFMG, e também trabalha com desenho e pintura, porém, foi na computação gráfica que a artista encontrou sua verdadeira vocação.
Comecei a me interessar pela arte bem nova. Como era uma criança introvertida, gostava de passar o tempo imaginando, desenhando e lendo livros. Então, para mim, a arte se tornou uma verdadeira forma de expressão. Dessa forma, meu gosto pela arte visual cresceu, assim como minhas habilidades. Meu interesse por assuntos como ciência, fantasia, ficção científica e pelo desconhecido foram moldando meu estilo e minha vertente artística, que continua sempre em evolução.
Minha técnica preferida é a modelagem e texturização 3D, a qual comecei a aprender de forma autodidata em Agosto de 2020. Sempre me dedico ao máximo, e passo muitas horas estudando através de cursos, e também outros conteúdos didáticos através da internet.
Minha última criação "Mercury", foi a mais desafiadora, pois nela desenvolvi a modelagem, a texturização do corpo e das roupas da personagem, assim como o cenário, a iluminação e o jogo de câmera. O projeto se encontra em meu portfólio: https://www.artstation.com/artwork/zD69Yw
Acredito que com a tecnologia avançando cada vez mais, a criatividade humana ultrapassa cada vez mais fronteiras. Não somente na arte visual, o desenvolvimento tecnológico proporciona possibilidades em todas as áreas criativas, como a música, a arquitetura, o cinema. Me vi apaixonada pela computação gráfica quando vi como, através dela, são infinitas as possibilidades de dar vida à sua imaginação, e de formas cada vez mais realistas. Minha visão para o futuro da criatividade, é de que será brilhante a capacidade de expressão e representação a qual iremos chegar.
Sou recifense e artista digital 2D. Gosto de desenhar cenários que brincam com o fantástico e cenas que contam histórias legais.
Comecei a entrar de cabeça nesse meio apenas em 2021 e tenho estudando bastante, sempre procurando assimilar novas técnicas no meu trabalho. Não acredito que seja importante que a minha produção tenha uma "cara" minha ou um "estilo pessoal", então busco me adaptar ao projeto, criando algo que o responda da melhor forma.
Eu gosto bastante de ilustração digital. Estou todo dia estudando métodos diferentes para adicionar ao meu trabalho, misturando e assimilando processos distintos, sejam manuais ou puramente digitais.
Acho que não sei elencar o mais desafiador, porque estou sempre me forçando a avançar tecnicamente um pouquinho mais em cada projeto. Todos são desafios.
Eu acredito que o futuro da criatividade segue pela coletivização do conhecimento nos meios digitais, dispensando os intermediários e conectando mais pessoas.
Amanda é motion, animadora 2D e gosta de fazer quadrinhos. Em 2018 concluiu sua graduação em cinema de animação pela Universidade Federal de Pelotas, onde produziu o curta-metragem “Céu da Boca” (2019). A animação circulou em mais de 50 mostras e festivais de cinema, foi finalista do Grande Prêmio Brasileiro de Cinema e venceu a categoria diálogo no Festival de Roteiro de Porto Alegre. O filme integrou a grade de programação do Canal Brasil e do PrimeChannel.
Em 2019, Amanda publicou de forma independente sua primeira história em quadrinhos, “Brisa Errada''. A publicação circulou em feiras como a CCXP19 e foi finalista do Prêmio HQMIX e do Prêmio Dente de Ouro.
Acho que como a maior parte dos artistas comecei a desenhar quando criança tentando ilustrar meus personagens de desenho animado favorito. Acontece que os anos foram passando e percebi que tinha uma facilidade com desenho e uma falta de facilidade com todo o resto, por isso acho que continuo desenhando até hoje. O processo criativo, no entanto, vem da prática
É o papel e caneta nanquim. É um material que me sinto bem trabalhando, é barato e acho que casa bem com o estilo de desenho que curto produzir. Entretanto, hoje em dia trabalho muito com ilustração digital, devido à demanda. Acho que o aprimoramento do desenho vem do seu exercício, independente da técnica. Claro que quando troquei minha mesa digitalizadora arranhada por uma tablet display, o ritmo da produção mudou.
Teve uma vez que eu e uma amiga nos propomos a produzir um curta de um minuto em 10 dias para participar do festival do minuto (ganhamos a categoria). Mas sendo sincera, me parece que venho me desafiando cada vez mais nos meus trabalhos, seja por tempo de produção, volume de material ou técnica que tento aprender. Não sei se é a melhor estratégia para se tornar boa em algo, mas eu me divirto!
Acho que a criatividade existe por aí e continuará existindo conforme o espírito do tempo for se transformando. Mas entendo que a democratização do fazer arte e sua distribuição com certeza está dando voz à novas histórias, e prestar atenção em uma comunidade artística mais diversa. Se nos agarrarmos a pluralidade posso te dar certeza que a criatividade nunca irá morrer.
Akin é diretor de arte, curador musical e artista sonoro experimental integrante do selo Domina e co-fundador do coletivo audiovisual Metanol FM. Formado em Publicidade e Propaganda, tendo estudado posteriormente Desenho Industrial, iniciou sua carreira como assistente de arte e arte finalista em editoras de revistas de skate, seguindo como diretor de arte na área de design de produto até se tornar diretor de criação, atuando mais tarde como coordenador de marketing no Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Afastado do ambiente de agências de publicidade há cerca de 10 anos para se dedicar integralmente aos trabalhos de curadoria musical, com atuação em projetos como Red Bull Music Academy Festival, Mirante 9 de Julho, Virada Cultural, SP na Rua e o festival de multilinguagens ROJO Nova Cultura Contemporânea, retomou suas atividades como diretor de arte por pressão popular, desta vez dedicado ao setor musical independente, fazendo direção criativa para selos, coletivos e artistas do cenário eletrônico global.
Atualmente vive em São Paulo, após 1 ano residindo e trabalhando na Europa, onde se dedica aos trabalhos de intercâmbio cultural expandido como via de construção de comunidades criativas.
https://instagram.com/akindeckard/
http://bootleggoods.tumblr.com
Tive contato com desenho e pintura desde pequeno, por estímulo de minha mãe que trabalhou por anos no mercado publicitário. Nunca fui um exímio desenhista de mão livre, mas sempre fui atencioso aos processos de composição. Desde meus primeiros muros em graffiti até a produção de fanzines e camisetas, a ordenação de elementos em uma composição sempre foi essencial. Meu processo criativo hoje em dia se resume a uma mistura de práticas diversas, tanto manuais quanto analógicas e fabris: ilustração e colagem digital, manipulação e tratamento de imagem, edição de vídeo, desenho técnico, mockup e processos não-digitais.
Gosto de ilustrar digitalmente a partir de diferentes modelos e cenas, às vezes reagrupando elementos distintos numa mesma narrativa pictórica. Não ilustro apenas personagens, mas também crio texturas, cenários e objetos para compor um banco de imagens pessoal. É como se cada trabalho gráfico fosse um frame de um filme, composto por vários outros frames de outros filmes que reúno, crio, manipulo e organizo dentro de minha própria cabeça. Busco aprimorar mais um estilo do que uma técnica. Cada trabalho, seja pessoal ou comissionado, me exige uma técnica diferente. Busco um caminho onde minha identidade estética, minha assinatura, seja sempre percebida.
Trabalhar com temas sensíveis sempre foram os projetos mais desafiadores pra mim. Por mais profissional e capacitado que um artista visual seja, existem trabalhos impossíveis de se realizar sem empatia, consciência de classe, percepção de lugar de fala, entendimento do lugar de privilégio, compreensão do racismo estrutural, desigualdade social, entre tantas outras questões urgentes que por vezes precisam ser visualmente traduzidas a partir da compreensão da vivência de outrem. Estar no lugar do outro é o briefing mais desafiador que pode existir.
Uma mistura cada vez mais pulsante de linguagens, escolas estéticas, ferramentas e tecnologias associadas aos campos da criatividade. Acredito na força de trabalhos em colaboração como construção de pontes para o futuro, e na subversão do status quo institucional como busca de uma expressão criativa mais plural, diversa e inclusiva.
Daniel Bretas nasceu e foi criado em Belo Horizonte, Brasil. Graduado em Cinema e Audiovisual, atua nos mercados de ilustração, design, quadrinhos, audiovisual e também é professor de desenho. Como artista visual, tem participado de exposições individuais e coletivas com seus projetos de fotografia e videoarte. Ele busca em seu trabalho mesclar a virtualidade inconsistente da verdade com a translucidez da realidade material. Você pode conferir alguns de seus trabalhos em https://calaboca.co
Na verdade eu nunca parei de desenhar. Estou nessa desde pequeno e lá pelos meus 18 anos já me profissionalizei. Tinha uma forte paixão por cultura pop na infância, o que acabou me levando pro caminho do "por trás" dessas produções. O interesse por filmes, desenhos animados, quadrinhos e games mantém-se vivo até hoje, tanto que me formei em Cinema e Audiovisual e me aprofundei na área das artes visuais pra estar sempre pertinho de tudo isso.
Meu projeto mais desafiador foi um curta-metragem que eu mesmo dirigi, baseado numa HQ também de minha autoria. O filme se chama "Calaboca e Escuta" e inclui cenas em live action e animação. Foi um longo processo de produção, mas ele finalmente está nas etapas finais e logo deverá estar passeando pelos circuitos de mostras e festivais de cinema!
Não sei se é necessariamente uma técnica, mas eu tenho treinado bastante um desenho imaginário direto na tinta, ou seja, um desenho sem referência e sem rascunho. Existem grandes mestres como Kim Jung Gi, Katsuya Terada, Karl Kopinski dentre outros (Coletivo Superani US) que produzem obras incríveis com técnicas similares e tenho estudado eles por anos já.
A criatividade nada mais é do que o que nos salva do marasmo do tédio, ou o que soluciona os problemas mais desafiadores do cotidiano. Os criativos têm cada vez mais sido abraçados como parte crucial das engrenagens que fazem o mundo girar. Afinal de contas, o futuro ainda está a ser criado e esse é precisamente o nosso poder.