Finanças
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Descubra o que é CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e como ele funciona no mercado financeiro. Saiba como o CDI afeta seus investimentos, entenda seu baixo risco e a diferença entre CDI e CDB.
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2 MIN DE LEITURA
SAMYRA MOTA
O Certificado de Depósito Interbancário (CDI) é uma taxa de juros que representa o custo do dinheiro no mercado brasileiro. Apesar de ser um indicador essencial para quem investe em renda fixa, muitas pessoas ainda não compreendem completamente o que ele significa e como ele impacta seus investimentos.
O CDI desempenha um papel essencial ao determinar o rendimento anual de diversos investimentos. Em maio de 2024, a taxa CDI está fixada em 10,50% ao ano.
O Certificado de Depósito Interbancário (CDI) é uma peça essencial no cenário financeiro, representando a média das taxas de juros praticadas diariamente nas operações entre bancos. Essas operações consistem em empréstimos e captações de curto prazo, visando equilibrar os saldos e atender às demandas de liquidez das instituições financeiras.
As transações interbancárias, em sua maioria, são de curto prazo, destinadas a cobrir déficits temporários ou a investir excedentes de caixa. O CDI desempenha o papel de referência para essas transações, estabelecendo uma taxa média que serve como base para calcular o custo do dinheiro no mercado interbancário.
A taxa CDI é calculada a partir da média ponderada das operações entre os bancos, refletindo o custo médio do dinheiro no mercado. Essa taxa é frequentemente utilizada como referência em investimentos pós-fixados, cujos rendimentos variam conforme a variação do CDI ao longo do tempo.
A conexão direta entre o CDI e a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, é notável. Alterações na Selic impactam diretamente as operações interbancárias e, consequentemente, a taxa CDI.
Além de sua função financeira, o CDI proporciona padronização e transparência no mercado, facilitando a comparação e precificação de produtos financeiros. Além disso, serve como um indicador de confiança entre as instituições financeiras, refletindo as condições de liquidez e a saúde do mercado interbancário.
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A taxa CDI influencia diretamente o rendimento de vários produtos financeiros, como:
O Certificado de Depósito Bancário, conhecido como CDB, é uma modalidade de investimento em renda fixa oferecida por instituições financeiras. Funciona como um empréstimo que o investidor faz ao banco, e em troca, recebe juros ao longo do período acordado.
O CDB apresenta duas formas de remuneração: pré-fixada, na qual a taxa de juros é definida no momento da aplicação, proporcionando previsibilidade de ganhos, e pós-fixada, atrelada a algum indicador, sendo o CDI uma das opções mais comuns.
LCIs são investimentos de renda fixa emitidos por instituições financeiras. Estas letras representam uma forma de captação de recursos destinados ao setor imobiliário, sendo uma opção atrativa tanto para investidores quanto para o mercado imobiliário como um todo. Ao adquirir uma LCI, o investidor está, na prática, emprestando dinheiro ao banco em troca de uma remuneração baseada em juros preestabelecidos.
A Letra de Crédito do Agronegócio, conhecida como LCA, é uma modalidade de investimento em renda fixa emitida por instituições financeiras. Similar à LCI (Letra de Crédito Imobiliário), a LCA destaca-se por ser lastreada em operações do setor do agronegócio brasileiro. Ao investir em uma LCA, o indivíduo está, essencialmente, fornecendo recursos ao banco para que este os destine ao financiamento de atividades ligadas ao agronegócio, como agricultura, pecuária e agroindústria.
As debêntures representam uma forma de captação de recursos para empresas por meio do mercado de capitais. Emitidas por sociedades anônimas, as debêntures são títulos de dívida que conferem ao detentor o direito de receber de volta o valor investido, acrescido de juros previamente estabelecidos. Ao adquirir debêntures, o investidor está, efetivamente, emprestando dinheiro para a empresa emissora, que se compromete a realizar o pagamento do principal e dos juros no prazo determinado.
Os Fundos DI, ou Fundos de Renda Fixa Referenciados DI, são uma categoria de fundos de investimento disponíveis no mercado financeiro brasileiro. Estes fundos têm como objetivo principal seguir a variação do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que representa a média das taxas de juros praticadas nas operações entre os bancos. Por se enquadrarem na categoria de renda fixa, os Fundos DI são conhecidos por apresentar menor volatilidade em comparação a outros tipos de fundos de investimento.
Ao investir em um desses produtos, você estará, de certa forma, emprestando seu dinheiro para uma instituição financeira ou empresa, que pagará juros sobre o valor aplicado. A taxa de juros que você receberá será definida com base no CDI, podendo ser pré fixada, pós-fixada ou híbrida.
Prefixado:
Pós-fixado:
Híbrido:
O CDI é um investimento de baixo risco. Isso porque ele é garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que cobre até R$250.000,00 por CPF em caso de falência do banco emissor.
A taxa CDI é composta por duas taxas principais: Taxa DI e Taxa de custódia. Veja o que significa cada uma delas:
A Taxa DI, ou Taxa do Certificado de Depósito Interbancário, é uma taxa que reflete a média das taxas de juros praticadas nas operações diárias entre os bancos no mercado interbancário. Ela serve como referência para diversos produtos financeiros, principalmente na categoria de renda fixa.
A taxa DI é calculada diariamente pela CETIP com base na média ponderada das taxas de juros dos empréstimos interbancários de um dia útil. Para ser considerada no cálculo, a operação precisa atender aos seguintes critérios:
A Taxa de Custódia é uma taxa cobrada pelas instituições financeiras para custodiar e manter em guarda os ativos financeiros de um investidor. Essa taxa é comumente associada à custódia de títulos e valores mobiliários, como ações, títulos públicos, debêntures, entre outros, que estão registrados em nome do investidor, mas fisicamente sob a guarda da instituição custodiante.
A taxa CDI é a soma da taxa DI com a taxa de custódia da CETIP. A taxa de custódia é atualmente de 0,00015% ao dia.
Exemplo: Se a taxa DI for de 1% ao dia, a taxa CDI será de 1,00015% ao dia.
A taxa CDI é publicada diariamente pela CETIP em seu site oficial. Você também pode encontrar a taxa CDI em sites de bancos, corretoras e portais de notícias financeiras.
O rendimento do CDI varia diariamente, mas geralmente acompanha a taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira.
Em 2023, a taxa Selic oscilou entre 13,25% e 13,75% ao ano, o que resultou em um CDI médio anual de 13,50%.
Exemplo: Se você aplicou R$1000, ao final do ano num cálculo de 12 meses, você terá acumulado R$1.117,93, com os impostos descontados, considerando a taxa de 100% do CDI. Esse rendimento é calculado diariamente, refletindo a variação da taxa CDI ao longo do período de investwimento.
100% do CDI significa que o investimento rende o mesmo que a taxa de CDI. Por exemplo, se a taxa de CDI for de 10% ao ano, um investimento que rende 100% do CDI também renderá 10% ao ano.
Para calcular o rendimento mensal do CDI, basta dividir a taxa anual por 12. Em 2023, o CDI médio mensal foi de 1,125%, por exemplo.
O CDB, ou Certificado de Depósito Bancário, é um título de renda fixa emitido por bancos. Quando você investe em um CDB, está emprestando dinheiro para um banco por um determinado período de tempo. Em troca, o banco paga juros sobre o valor emprestado.
Os CDBs podem ter diferentes tipos de rentabilidade, como:
A diferença entre os dois é que o CDB é oferecido diretamente aos investidores, enquanto o CDI é negociado apenas entre bancos.
Reforçando: a diferença entre CDB e CDI é que o CDB é um investimento que pode ter diferentes tipos de rentabilidade, enquanto o CDI é uma taxa de juros que serve como referência para a rentabilidade de diversos investimentos.
Leia mais: CDI ou Poupança: Onde investir?
O CDI é um importante indicador do mercado financeiro brasileiro. Ele é utilizado como referência para a rentabilidade de diversos investimentos e é uma importante fonte de recursos para os bancos.
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