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- A Taxa Referencial (TR) foi criada em 1991 para combater a hiperinflação e continua influenciando investimentos e financiamentos.
- O cálculo da TR envolve a média geométrica de taxas de juros de operações financeiras e ajustes padronizados.
- A TR diária reflete variações diárias do mercado, enquanto a TR mensal acumula os valores diários ao longo do mês.
- Desde 2017, a TR está zerada, impactando negativamente rendimentos da poupança, FGTS e financiamentos imobiliários.
- Projeções para 2025 indicam inflação entre 4% e 5%, podendo gerar ajustes na TR e na política monetária.
- Alternativas como contas que rendem 100% do CDI são mais vantajosas que poupança e FGTS para proteger o patrimônio.
A Taxa Referencial (TR) desempenha um papel crucial no cenário econômico brasileiro. Criada em 1991 como parte do Plano Collor II, a TR foi uma resposta à hiperinflação, estabelecendo um parâmetro para as taxas de juros.
Hoje, ela continua a influenciar produtos financeiros como a poupança, o FGTS e os financiamentos imobiliários.
O que é a Taxa Referencial (TR)?
A TR é uma taxa de referência usada para corrigir valores em contratos e investimentos. Desde sua criação, ela ajudou a controlar a inflação e estabilizar a economia. Atualmente, a TR é utilizada em diversos produtos financeiros, impactando diretamente a sua vida financeira. Compreender seu funcionamento é essencial para que você possa tomar decisões mais informadas e estratégicas.
Como é calculada a Taxa Referencial?
A metodologia exata adotada pelo Banco Central envolve a análise de uma série de dados referentes às taxas de juros praticadas em determinadas operações financeiras, como os Certificados de Depósito Bancário (CDBs). De forma resumida, o cálculo passa pelos seguintes passos:
- Coleta de Dados: São obtidas as taxas diárias de operações financeiras consideradas representativas do mercado.
- Média Geométrica: Utiliza-se a média geométrica dos rendimentos diários para capturar a variação acumulada ao longo do período.
- Ajuste para Período Padrão: O resultado é então convertido para uma base anual ou mensal, geralmente considerando um ano de 360 dias, para padronizar o índice.
Uma forma simplificada de entender parte desse processo é por meio da seguinte fórmula, que demonstra como uma taxa efetiva pode ser convertida para uma base diária:
Onde:
- i representa a taxa efetiva anual (em forma decimal).
Embora essa equação não capture toda a complexidade do cálculo oficial da TR, ela ilustra a ideia de converter uma taxa anual para uma taxa diária, considerando a divisão do ano em 360 dias.
Exemplo prático
Suponha que a taxa efetiva anual seja de 6% (ou 0,06 em forma decimal). Aplicando a fórmula simplificada, teríamos:
- Calcule a raiz:
- Subtraia 1 e multiplique por 100 para obter a taxa em percentual:
Esse valor diário, quando acumulado ao longo do mês ou do ano, contribui para a atualização dos contratos. Vale lembrar que, na prática, o Banco Central realiza cálculos com dados reais de mercado, o que pode resultar em valores ligeiramente diferentes.
TR mensal e TR diária: Qual a diferença?

A TR diária refere-se ao cálculo e à aplicação da Taxa Referencial a cada dia. Ela é determinada com base em dados diários de operações financeiras e reflete as variações momentâneas do mercado. Esse valor diário é a base para a atualização de saldos ou contratos em um contexto onde a correção precisa ser feita com frequência, como em alguns tipos de financiamentos.
Por outro lado, a TR mensal é o resultado da acumulação dos valores diários ao longo de um mês. Em outras palavras, ela representa a taxa efetiva que incorpora todas as variações diárias ocorridas durante o período de um mês. Essa taxa é utilizada para reajustar contratos e aplicações financeiras mensalmente, facilitando a visualização do efeito acumulado da correção monetária.
Essa diferenciação é importante porque o cálculo diário permite uma atualização mais precisa, enquanto a taxa mensal resume esse efeito para facilitar a aplicação em contratos que utilizam reajustes mensais.
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Histórico da Taxa Referencial
O histórico da Taxa Referencial mostra sua importância na estruturação dos contratos financeiros no Brasil, além de evidenciar os desafios de manter um índice que acompanhe a dinâmica do mercado.
Apesar das críticas, a TR segue sendo um parâmetro relevante para a atualização de financiamentos e investimentos, sendo essencial para a compreensão dos mecanismos de correção monetária no país.
| Mês/Ano | Variação | Variação no Período | Acumulado 12 Meses |
|---|---|---|---|
| 02/2024 | 0.0079% | 0.01% | 1.56% |
| 03/2024 | 0.0331% | 0.04% | 1.35% |
| 04/2024 | 0.1023% | 0.14% | 1.37% |
| 05/2024 | 0.087% | 0.23% | 1.24% |
| 06/2024 | 0.0365% | 0.27% | 1.10% |
| 07/2024 | 0.0739% | 0.34% | 1.01% |
| 08/2024 | 0.0707% | 0.41% | 0.87% |
| 09/2024 | 0.0675% | 0.48% | 0.82% |
| 10/2024 | 0.0977% | 0.58% | 0.81% |
| 11/2024 | 0.0649% | 0.64% | 0.80% |
| 12/2024 | 0.0822% | 0.73% | 0.81% |
| 01/2025 | 0.169% | 0.90% | 0.90% |
Impactos da Taxa Referencial nos investimentos
Desde 2017, a TR tem se mantido zerada, um reflexo de um ambiente com juros muito baixos. Essa condição afeta diretamente o rendimento da poupança, o FGTS e os financiamentos imobiliários.
Na poupança, por exemplo, quando a Selic está acima de 8,5%, o rendimento corresponde a 0,5% ao mês mais a TR, o que, com a TR zerada, se reflete em uma rentabilidade anual de aproximadamente 6,17%.
No caso do FGTS, a correção se dá pela soma da TR com uma taxa fixa de 3% ao ano – cenário que pode não compensar a inflação. Já nos financiamentos imobiliários, o custo é composto por TR + um acréscimo que varia entre 10,99% e 11,49%, mantendo os custos elevados para os mutuários.
A seguir, veja uma tabela comparativa com as taxas atuais:
| Tipo de Investimento | Regra de Cálculo | Taxa Atual |
|---|---|---|
| Poupança (Selic acima de 8,5%) | 0,5% ao mês + TR | 6,17% a.a. |
| Poupança (Selic abaixo de 8,5%) | 70% da Selic + TR | Variável |
| FGTS | TR + 3% ao ano | 3% a.a. (com TR zerada) |
| Financiamento Imobiliário | TR + Acréscimo | TR + 10,99% a 11,49% |
Projeções para 2025 apontam para uma inflação entre 4% e 5%, o que poderá levar a ajustes na política monetária e, consequentemente, na composição da TR. Estar atento a essas mudanças é fundamental para que você possa ajustar suas estratégias de investimento e proteger seu patrimônio.
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Perguntas frequentes
Qual é o valor da TR hoje?
Atualmente, a TR está zerada, refletindo um ambiente de juros baixos que impacta produtos financeiros como a poupança e o FGTS.
Qual o valor da TR 2025?
As projeções para 2025 sugerem que a TR deve continuar em níveis baixos, mas eventuais ajustes poderão ocorrer conforme a inflação e a política monetária evoluírem.
Como é definida a TR?
A TR é definida pelo Banco Central do Brasil, com base na Taxa Básica Financeira (TBF) ajustada por um redutor, utilizando dados das Letras do Tesouro Nacional (LTNs). A metodologia foi modernizada em 2021 para refletir as condições de mercado com maior precisão.
Quem calcula a TR?
O Banco Central do Brasil é o responsável pelo cálculo diário da TR, assegurando que o índice reflita as condições econômicas vigentes.








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